quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Peladona da Vizinha



 Quem nunca ouviu a música do Ultraje a Rigor, banda de rock brasileiro que fez sucesso nos anos 80? Aquela do " Pelado, pelado, nú com a mão no bolso"? Eu ouvi milhares de vezes. E nunca cansei de imaginar a cena  da pessoa peladona, lá com pingolin  ou titis balançando  no meio da multidão vestida. Imagem no mínimo peculiar, certamente o cara é louco pensam muitos. Piroqueou, pensam outros. Se for mulher, certo que é safadeza, pensam todos. O país tropical reconhecido pelo biquíni-inho e das mulatas seminuas (para não dizer nuas) tem um certo (ou todo) pudor com a prática do naturalismo, do topless, do contato, digamos mais livre com a natureza, sem as amarras roupísticas da sociedade ditatorial. E eu, claro como boa brasileira não fujo a regra e ainda acho estranhíssimo quando vejo um Lemom assim, mais pele ou pelo do que roupa.


   Sim, porque aqui é  muito natural você trocar de roupa no meio do povo, geralmente nas piscinas públicas e parques por exemplo. Como muito bem fala o Deutsche Welle nessa reportagem aqui. A questão está tão enraizada na cultura germânica que gostaria de saber  o que pensaram os turistas alemães presos  por tirar a roupa no aeroporto de Salvador em 2009.  Presos por ato obsceno. Ué, mas o Brasil não é o país da libertinagem, como pode os brasileiros ficarem chocados ou chamar de obsceno algo tão normal e cotidiano como a nudez? Não sei. Só sei que é assim. 
    Essa blablablá todo é só para contar uma coisa para vocês. Na nossa nova  moradia  temos uma vizinha peladona. Sim, vive pelada, nua, naked, la naturale  ou seja:  anda completamente sem roupa, nem uma pecinha para contar a história.  A descobrimos no último domingo  quando estávamos felizes tomando um chimarrão na cozinha, com cara de olhando a paisagem quando aparece a dita cuja na sacada. Peladona, para regar as flores. Os dois  grandes amiguinhos (farol alto e farol baixo) quase nós disseram um  hallo! Bem, e embaixo digamos, uma quase floresta Amazônica. E ela foi e voltou,foi e voltou,  feliz, cuidando das plantinhas, (dizem que elas crescem melhores se você manter um BOM contato com elas), e o marido ao lado, curtindo a cof, cof ... vibe... E nós? Nós nos entreolhamos e rimos muuuiitooo. Coisas da Alemanha, genau...

PS: Aos amigos que estão para nos visitar (e aí Leusin, Marco Antonio e companhia), estamos cobrando ingresso pela vista da janela da cozinha. Mas o pouso é free!

PS 2: Achei esse vídeo  aqui ,em alemão, que fala sobre o tema. Para quem tiver interesse, tá na mão!   
    
 





5 comentários:

  1. Como assim, entreolharam-se e riram muito? Tu deixou o Pedro assistir a essa cena bizarra?
    Ah, se fosse meu marido, eu já tascava um beijão para poupá-lo disso... heheheheh
    Beijos, Scheiloca, teu blog tá muito tri!!!

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  2. Paula amada... foi uma cena tão abusurda, pelo menos para nós dois, que não teve como não rir...imagina tu tá ali na tua casa,na boa e aparece uma peladona fazendo coisas do cotidiano, tri normal para ela... para mim foi hilário. sem ciumes...

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  3. Nem consigo imaginar a cena...kkkkk. Beijos.

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  4. Menina aqui tem isso d+, já vi de tudo nessa Alemanha,rsrs. No meu caso tem um velhinho que mora no apt da frente e que só anda peladao... Mas o tadinho já tá tao velhinho que nem o pintinho dele dá + pra ver direito, entao tá de boa :D

    Parabéns pelo blog Sheila, td de bom pra vc!

    Beijos!
    dasaxoniaabaviera.blogspot.de

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  5. Obrigada Ká Miranda.Háhá to rindo muito do pintinho do velhinho... Aliás,gostei do teu blog.

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